Rezando pelo Ministério de Pregação e pedindo ao Senhor uma palavra norteadora para nós, neste ano de 2015, que está apenas iniciando, fui levada a orar com a seguinte passagem: Proclamai isto entre as nações: Declarai a guerra! Chamai os valentes! Aproximem-se, subam todos os guerreiros! Os vossos arados, transformai-os em espadas, e as vossas foices em lanças! Mesmo o enfermo diga: ’Eu sou guerreiro!’. Depressa, nações! Subi ao vale de Josafá, porque é ali que vou sentar-me para julgar todos os povos ao redor! Metei a foice, a messe está madura; vinde pisar, o lagar está cheio; as cubas transbordam – porque é imensa a maldade dos povos! Que multidão, que multidão no vale do Julgamento, porque chegou o dia do Senhor (no vale do Julgamento)! (Joel 4, 9-14)
Aqueles que já foram à Terra Santa e visitaram o Monte Tabor, devem lembrar que do alto deste monte se avista todo o vale de Josafá, ou vale do Armagedon, como também é chamado. Conforme vimos nesta passagem do livro do profeta Joel, acredita-se que é neste vale que será travada a batalha final entre o mal e o bem. Os judeus creem firmemente nisto e dizem que há um grande arsenal bélico israelense neste local, uma espécie de fortaleza subterrânea de onde podem ser lançados foguetes e mísseis e ser travados grandes combates. Na primeira vez que visitei o Monte Tabor o nosso guia, um judeu, nos disse olhando para o vale com olhar de apreensão: “Tomara que este dia não chegue, porque vai ser terrível!” Neste momento, dentro de mim, isto é, falando comigo mesma, eu disse: “Este dia vai chegar, mas eu o aguardo com alegria porque sei de quem será a vitória!” Tive a confirmação das minhas palavras quando entrei na igreja do Monte Tabor e vi os mosaicos no seu interior. Numa espécie de arco, no final da Igreja há uma série de mosaicos, onde no primeiro deles se vê o Menino Jesus deitado e sendo guardado por Arcanjos. Sob o mosaico se lê a inscrição: Isaías 9, 5: porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da Paz. Depois, existem vários outros mosaicos narrando a vida de Jesus na terra e, fechando o círculo, há um mosaico onde, ao invés do Menino Jesus, está deitado um Cordeiro imolado, guardado pelos mesmos Arcanjos. A inscrição sob este mosaico é Apocalipse 5, 6-10: Eu vi no meio do trono, dos quatro Animais e no meio dos Anciãos um Cordeiro de pé, como que imolado. Tinha ele sete chifres e sete olhos (que são os sete Espíritos de Deus, enviados por toda a terra). Veio e recebeu o livro da mão direita do que se assentava no trono. Quando recebeu o livro, os quatro Animais e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um uma cítara e taças de ouro cheias de perfume (que são as orações dos santos). Cantavam um cântico novo, dizendo: ‘Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça; e deles fizeste para nosso Deus um reino de sacerdotes, que reinam sobre a terra’. Os mosaicos, dentro da Igreja, proclamam a vitória de Deus sobre o mal, por meio da vida, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo! Eles proclamam a salvação que nos vem pelo sangue derramado do Cordeiro que foi imolado, mas que está de pé, porque ele vive e sua vida é a garantia de vida eterna para nós.
Os pregadores e pregadoras da Palavra devem ser estes valentes que proclamam a vitória de Jesus Cristo sobre todo o mal, estes que anunciam que Jesus vai voltar, estes que, mesmo enfermos dizem, conforme a passagem do livro de Joel: ‘eu sou guerreiro!’ Estes que não cansam de proclamar a Palavra, porque aonde a Palavra chega ocorre a salvação, o mal é derrotado e a mentira fica descoberta diante da Verdade. A verdade eterna da Palavra deve sustentar o nosso anúncio e a nossa esperança. Assim, se alguém quiser nos desencorajar e amedrontar, para calar a nossa voz, nós poderemos proclamar: Combaterão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, porque é Senhor dos senhores e Rei dos reis. Aqueles que estão com ele são os chamados, os escolhidos, os fiéis. (Apo 17,14).
Que o cântico da vitória não deixe os nossos lábios e não saia do nosso coração durante todo este ano, aconteça o que acontecer. Este é o convite que a palavra de Deus nos faz.
Maria Beatriz Spier Vargas
Coordenadora Nacional do Min. Pregação – RCC Brasil