Archive: Ministério de pregação

Conheça os cursos de formação para pregadores do IEAD RCCBrasil

Foto: Jefferson Souza / Encontro Nacional de Pregadores 2014

A formação de pregadores no Ministério de Pregação da RCC Brasil tem um ótimo aliado, o Instituto de Educação À Distância (IEAD RCCBrasil). Através dele os servos do ministério podem atualizar conhecimentos e crescer ainda mais no chamado participando dos cursos de formação para pregadores.

Atualmente seis cursos são ofertado especialmente com direção a atuação do Ministério de Pregação. Outros ainda podem ser realizados pelos pregadores com o objetivo de ampliar seu conhecimento em outros ministérios, serviços ou temas. Read more

Escola Nacional de Formação 2016

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A Escola Nacional de Formação de Líderes e Missionários tem um objetivo que é oferecer formação mais aprofundada à liderança da RCC de todo o Brasil.

Os conteúdos abordados na Escola trazem uma reflexão mais aprofundada com elementos que contemplam fundamentos teológicos-pastorais, sem deixar de acentuar a Identidade e a Espiritualidade da Renovação Carismática Católica. Dentro deste contexto, serão abordadas disciplinas como Liderança, Eclesiologia, Pneumatologia, Cristologia, Querigma, Sagrada Escritura, Mariologia e Missiologia. 

Faça hoje mesmo a sua inscrição e parcele em até 05 vezes no Cartão de Crédito. Maiores informações eventos@rccbrasil.org.br / Tel: (12) 3151-4155

 

Missão um chamado para todos

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados. Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus. Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.” (Cf Mc 16, 15 -20)

 

Vamos em primeiro lugar, ver a definição de missão, para aprofundarmos conscientemente neste “maior e o mais santo dever da Igreja” (Cf. CV II, Decreto “Ad Gentes”, nº 29).

 

Chamam-se comumente “missões” as iniciativas especiais dos arautos do Evangelho que, enviados pela Igreja pela força do Batismo, vão pelo mundo todo, realizando o múnus de pregar o Evangelho e de estabelecer a própria Igreja entre os povos ou sociedades que ainda não creem em Cristo e o principal meio dessa fundação é a pregação do Evangelho de Jesus Cristo.

 

“Corpo do Verbo Encarnado, ela se nutre e vive da palavra de Deus e do pão eucarístico”. (Cf “Ad Gentes”, nº 6)

 

Essa definição insiste na pregação da palavra de Deus, um anuncio renovado capaz de implicar aqueles que o ouve e sobretudo, traduzir a palavra anunciada, para uma palavra em ato. Quando tomamos a decisão de ser um missionário do Reino nos implicamos veementemente com a cruz de Cristo.

 

Ha uma necessidade da missão, mas principalmente de homens e mulheres corajosos suficiente para compreender que a missão é nossa, mas o centro é Cristo, existe uma urgência de Cristo tão evidente que nenhum batizado pode se escusar dessa tarefa sublime de apresentar ao mundo o Senhor da história, “em favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão” (Cf. R.Missio”,3,). Por isso a atividade missionária hoje como sempre conserva íntegra sua força e necessidade entre os povos.

 

Os discípulos compreenderam a natureza libertadora da palavra a partir da primeira missão dada, viram que os sinais os acompanhavam e se tiveram algum receio, estes foram ínfimos, porém, sabiam que estavam implicados e consequentemente comprometidos com a causa que não era mais de Jesus, que seria levado ao céu mas agora, eram eles os primeiros missionários e contavam com os sinais.

 

O grande desafio do missionário, da missionária dos tempos de hoje se dá, porque a ignorância é um poderoso inimigo no mundo e é: “A causa e como que a raiz de todos os males que envenenam os povos” (Cf. Ad Petri Cathedram, 29-6-1959, do Papa João XXIII).

 

O veneno:

 

O poderoso anuncio da palavra passa pela vida daquele que anuncia com uma ação libertadora, pois, pela pregação genuína da palavra de Deus que o mundo conhecerá Jesus. Somente esta força capaz é provocar uma eclosão extraordinária no coração do ouvinte que os fará libertos do veneno decantado ao longo da vida no cerne de sua existência, porém é necessário entender que aquele que anuncia não é o mesmo que faz, quem anuncia é o missionário, mas que executa é o Espírito Santo.

Aqui há um grande conflito nos tempos modernos onde por vezes o anunciador não se percebe se ilude pensando que tem capacidade de “nele mesmo” incutir no coração do seu ouvinte a Palavra, quando esta tarefa cabe não ao enviado, mas quem o envia, o Espírito Santo, agindo nas três Divinas pessoas da Santíssima Trindade.

O veneno mortal precisa ser eliminado antes de tudo do coração do missionário, a saber; temos um grande reservatório de água que é abastecido, o abastecimento se dá de fora para dentro, se por acaso se houver alguém mal-intencionado que coloque um tipo de veneno nesse reservatório todo agua está contaminada e deve ser desprezada pois não serva para nada.

 

Aqui está o grande risco, preenchermos nossos reservatórios e querer de certa forma acumular é correr o sério risco de nos “contaminar” com as nossas próprias razões, nosso conhecimento e sobretudo nosso desejo ávido do “ser”.

 

Agora se temos uma fonte que brota da terra cuja água jorra constantemente e alguém vier e colocar ali um veneno mortal, a agua por ser corrente não se permite contaminar na sua nascente porque emana de dentro para fora e constantemente.

Assim deve ser o homem e a mulher do anuncio, beber na fonte apenas, e ser fonte “No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba.

 

Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva” (Cf Jo7, 37 – 38)

 

Jesus clamava de para quem pudesse ouvir essas palavras, Vinde a mim, esperando que compreendêssemos que a fonte se dá no derramamento do Espírito Santo no interior, portanto de uma graça espiritual capaz de refazer de tal forma e jorrar uma nascente de amor, que o veneno é incapaz de penetrar por que as grandes aguas estabelecida pelo Espírito Santo e entranhado no coração com uma potência libertadora que ninguém pode deter.

Irmãos e irmãs a fonte de graça não se deixa contaminar pelos venenos que já foram vencidos na cruz, portanto não relaxemos na prudência nem no discernimento dos espíritos para que não caiamos nas contaminações que permeiam nossa vida missionária e que nos ilude, então permita-me perguntar:

 

Onde estamos voltando para nos abastecer, nossa agua vem de reservatório ou da fonte?

E partiram para o anuncio:

 

  Cada batizado tem o dever de descruzar os braços e de trabalhar para o crescimento da Igreja ninguém pode ficar indiferente ou acomodado; é um perigo muito grande para a própria salvação, um católico batizado ficar voltado simplesmente para as suas necessidades espirituais, esquecendo que o seu dever vai além, o dever manda que ele vá mais adiante, pede que a sua contribuição para o crescimento do Reino de Deus seja mais generosa. “Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter” (Mt 25, 29).

Aqui quero me ater um pouco a respeito de um anuncio ineficaz, “contaminado”, egoísta sob o ponto de vista da gratuidade e generosidade em apresentar o autor da vida aos que esperam confiantes que o missionário tenha algo para oferecer: JESUS DE NAZARÉ.

 

Ao partir para o campo de missão os discípulos colaboram com o projeto de Deus, por esta razão que os sinais os acompanham e o Senhor cooperava, porque havia no coração daqueles homens um profundo desejo de contribuir porque receberam com abundancia a promessa de vida eterna.

Eles fizeram uma experiência com a fonte, com o Verbo e descobriram-se serem apenas a voz, quando então não mais envolvidos e sim comprometidos com a missão, perceberam que falavam, mas a ação era do Espírito Santo.

 

Os méritos estavam na Divina pessoa de Jesus, Palavra encarnada, e eles compreenderam isso tão claramente que todos sem exceção testemunham o Divino Mestre com a vida, pois se deixaram banhar pela agua que sai de dentro.

Se permitiram conduzir pelo Espirito do Senhor que os assistiam e nada lhes faltou enquanto estavam no campo de missão, sem levarem nada, nada traziam senão pó, cansaço e gratidão por verem a manifestação da Glória de Deus.

O anuncio dos primeiros varões alcançavam todos de uma forma tão simples o acontecimento Jesus de Nazaré, e sua vinda era tão esperada por todos que aderiam a fé, então permita-me mais uma vez perguntar:

No nosso campo de missão todos ao nos ouvir querem a vinda do Senhor?

 

A missão está pautada na conversão dos corações dos homens que nos ouvem e mudam de vida, ou está pautada nos aplausos passageiro de um povo que até ouviu, mas não viram na ação missionária motivos suficientes para fazer uma escolha definitiva na vida: A CONVERSÃO.

Jesus buscou naqueles homens simples, mas corações que estavam dispostos a cooperar com o reino, uma disposição ainda não muito clara para eles num primeiro momento, mas sabiam que aquele era o caminho, após a Ascenção do Senhor e a vinda do Espírito Santo a vida desses homens adquiriu uma constância tão sólida que nada os abalava, tudo era motivo de alegria pela dignidade de anunciar e por isso deram sua vida.

Riscos e recompensas da missão

 

Ao refletir a respeito do fundamento, razões e necessidade da missão compreendi que nosso grave papel de anuncio passa pôr uma dimensão intima que deve nos conduzir a alguns questionamentos sérios:

 

A escritura diz: “Não foi uma erva nem algum unguento que os curou, mas a vossa palavra que cura todas as coisas, Senhor.” (Cf Sab 16, 12), pois bem, a palavra que cura nós não devemos então ser cooperadores da Palavra curadora? O benefício que podemos esperar é uma impactante e definitiva conversão a Jesus Cristo…

 

Corremos o risco de um encantamento que pode turvar as vistas do missionário quando deixa de olhar para a fonte do seu chamado e põe os olhos nos resultados, sejam eles em quaisquer dimensões, Paulo quando percebe que entre os seus está havendo uma espécie divisão escreve imediatamente para recordar seus irmãos que o fundamento da missão já foi posto: Jesus Cristo, portanto o missionário não tem o direito de se colocar como fundamento de algo que não é dele, é da Fonte, “eu [Paulo] plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer. Assim, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas só Deus, que faz crescer. O que planta ou o que rega são iguais; cada um receberá a sua recompensa, segundo o seu trabalho.” (Cf. ICor 3, 6 – 8)

 

Quero recordar brevemente de um homem de oração, Bernardo de Claraval que destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, Reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.

 

Certa vez teve uma visão: um menino envolto numa luz divina disse a ele: fala aos outros sempre, pois serás inspirado pelo Espírito Santo e receberás a graça especial de compreender as fraquezas das pessoas e ajudá-las, a partir daí atuava como se fosse um poderoso ímã para atrair almas a Deus. (Cf Frei Justo Pérez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ed Fax, Madrid, 1945, tomo III, pp. 388 e ss.)

Esse pregador místico que trazia o dom da atração, uma capacidade de atrair as almas para Deus de uma forma tão extraordinária que não havia quem ouvisse sua pregação que não se arrependia profundamente dos seus pecados, mas como vivia a austeridade do evangelho e tinha muito claro sua missão, ao celebrar a festa de todos os santos diante de uma grande multidão que atraíra, discorrendo a respeito da glória de Deus sobre a vida daqueles que lhe precedeu em santidade, exortou a todos:

 

“É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos” (Cf. Sermões de São Bernardo de Claraval, abade, Sermo 2: Opera omnia, 364-368 Séc.XII)

 

Este sermão tão atual deve nos levar a uma grave reflexão se na missão não estamos correndo o risco de se regalar, ou seja, de lograr qualquer tipo de gloria senão a glória da cruz; é preciso pensar no temor e na vergonha que devemos ter se nossa conduta não estiver delineada na pessoa de Jesus, fundamento da nossa missão.

 

Somos advertidos veementemente, que ninguém, quanto mais nós, pobres servos da vinha, tem o direito de sob a cabeça coroada, se fazer diferente entre os iguais, somos voz do verbo não som deste mundo!

 

O mundo espera uma conduta diferente daquele que se dispõe ao anuncio, espera um testemunho sincero, pautado pela verdade do Evangelho anunciado, é preciso uma retomada radical, uma volta a fonte com urgência diante de uma grande oferta de milagres fáceis, de pedidos a Deus condicionados as necessidades temporais, intimistas, quando a necessidade do homem é na origem, há uma necessidade de Deus, não podemos negar isso ao mundo, não vamos negar essa graça ao mundo em que estamos…

 

Não podemos entrar no mesmo “balaio” da religiosidade moderna, temos uma posição clara, somos Romanos, homens e mulheres da Cruz e não aqueles que sob o pretexto da Cruz dela se vale. Nos valemos da Cruz para a nossa salvação e pela salvação das almas. Nosso chamado corre riscos graves quando a coroa de espinho é uma vez mais cravada na cabeça de Cristo, quando nós ingênuos ou não a respeito da missão perdemos a coragem de voltar para a fonte, ser fonte perene. “Mas nós pregamos Cristo crucificado” (cf, 1Cor,1,23)

 

O veneno na missão começa quando fazemos essa inversão de papeis e perdemos o termo de comparação que norteia a vida missionária, nos envenenamos quando deixamos de ver Ele sendo elevado ao céu.

 

Ao partir para a missão, partimos para uma trincheira e não para um dia de descanso, partimos em meio aos demônios, serpentes, veneno mortal, partimos aos enfermos, aos pecadores como nós, vamos em direção ao desconhecido e lá todos nós vemos os grandes feitos do Senhor, suas obras são conhecidas e testemunhadas e ao fim “Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer.” (Cf Lc 17,10)

 

Por fim, a ordem do Senhor “Ide por todo o mundo” continua a encontrar muitos irmãos e irmãs generosos, prontos a deixar o seu ambiente de vida, o seu trabalho, a sua região ou pátria, para ir, ao menos por um certo tempo, para zonas de missão, homens valorosos, mulheres corajosas que as vezes sem ter tão claro o ir, vão sem medo, sem reservas no Espírito.

 

Pessoas anônimas nos lugares mais distantes desse pais em nossos grupos de Oração, sobretudo, dão o que receberam daquelas Línguas do seu batismo para alimentar o povo com a Palavra criadora, missionários da vida diária, da fração do pão, da dor do irmão, da alegria do evangelho que por causa desse sim simples a cultura de pentecostes vai se consolidando no coração do povo.

Que batizados no Espírito Santo vão falando incansavelmente da graça e os sinais simples da vida diária vão invadindo vidas igualmente simples, vidas retas, vidas que se transformam num evangelho em ato, simples e eficaz.

Clamemos ao Espirito Santo que nos conduza de forma que passamos para uma renovada vida e missão que nos permita enxergar que a graça supera, transborda como fonte constante que fecunda as almas que esperam uma resposta de Deus em suas vidas, sejamos respostas…

 

Somos em muitas situações a única resposta de amor na vida de alguém, sejamos então dóceis como os apóstolos, “louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo.” (Cf, At 2, 47a).

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo…

Ademir Nascimento
GO Nova Aliança, Barueri/SP
Núcleo Estadual do MP/SP
Equipe Nacional do MP/RCCBR

 

ROTEIROS DE PREGAÇÃO – NOVENA DE PENTECOSTES

VIVENDO A VIDA NO ESPÍRITO SANTO

Saudações estimados irmãos em Cristo….

 

Quero fazer o desvelamento do tema partindo do pressuposto que vida também pode ser sinônimo de tempo. E é justamente o que quero partilhar com vocês, ou seja, o que o Espírito Santo tem falado ao meu coração nestes últimos dias. Estamos vivendo o que a própria Igreja nos diz: “Os últimos tempos, que estamos vivendo, são os tempos da efusão do Espírito Santo” – CIC 2819. É sabido que este tempo é marcado por algumas características, entre elas o derramamento sobre todo ser vivo, curas, milagres, prodígios, enfim, tempo das realizações das promessas e que nós, pregadores, não podemos ficar de fora desse mover do Espírito e, principalmente, levar tantos a fazer as mesmas experiências. Para que vivamos com intensidade este momento, penso ser salutar rememorar o que os bispos disseram à Renovação no documento de La Ceja de 1987 quando os mesmos elencavam que “A grande fundamentação teológica da Renovação espiritual carismática está, portanto, no Mistério Trinitário e, particularmente, no conhecimento progressivo da Pessoa do Espirito Santo e em sua ação insubstituível e ininterrupta na Igreja e em cada um de nós” -  Pág. 10,18.

 

Conhecer a pessoa do Espírito, sua ação na Igreja e em cada um de nós, nos conduz à intimidade com o mesmo. Os profetas no Antigo Testamento eram conhecidos, ora como homens da Palavra, ora como homens do Espírito. Não podemos nos dar ao luxo de achar que já O conhecemos, ou que já vimos de tudo pois como já alertava São Paulo “coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração imaginou tais são os bens que Deus tem preparado” – I Cor 2,9.  Portanto, amados irmãos, quanto mais encharcados da Sua presença, quanto mais entregues ao Espírito, melhor iremos compreender e viver este tempo.

 

Para aprofundarmos um pouco mais é preciso compreender a outra vertente desse tempo do Espírito. Para isso, mais uma vez, a Igreja nos ensina “O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do Testemunho, mas é ainda um tempo marcado pela ‘tristeza’ e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de expectativa e de vigília” – CIC 672. Esta segunda vertente, infelizmente, tem sido o grande obstáculo e o motivo que tem levado muitos pregadores a esvair-se de seu ministério. Lembre-se que em Atos 1,8 Jesus deixa claro a propriedade da vinda do Espírito “Mas recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas”. Percebam que o fato de pregarmos a Palavra não significa, na íntegra, que nos tornamos testemunhas. Se analisarmos a teologia do testemunho, o mesmo também pode ser identificado como martírio, ou seja, confirmar de algum modo, com palavras, exemplos e, principalmente, no desenvolvimento da nossa vida, pois, ser testemunha é um caminho, um crescente no conhecimento e adesão ao Espírito.

 

É preciso, irmãos, sairmos da escolta do ambão, do microfone, dos roteiros e da mediocridade de uma vida de oração de conveniência, onde nos preparamos apenas quando vamos pregar. É preciso, como nos orienta a Igreja, sermos combatente, pois, “ainda não tendes resistido até o sangue na luta contra o pecado” - Hebreus 12,4. Deus nos chama a sermos   autênticas testemunhas em uma sociedade cada vez mais vazia e desprovida dos valores evangélicos. Levantemo-nos para vivermos na íntegra o tempo do Espírito. Marchemos!

 

Ivan Candido de Moraes

Secretário Geral da RCC/DF e membro do Núcleo Nacional do Ministério da Pregação.

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